Considero que este tema poderá despertar algumas reacções controversas, inclusive sobre a minha pessoa. Mas e porque não?
Eu fiz, por isso, porque não falar sobre o assunto? Por medo de julgamentos alheios ditados e promovidos por pessoas que não me conhecem?
Antes demais irei dar a definição da palavra aborto. Aborto traduz-se numa interrupção da gravidez, que poderá ocorrer de forma espontânea ou de forma voluntária, e é nesta última a que este post se refere.
Infelizmente, ainda em pleno Séc. XXI, este ato ainda está no topo dos temas tabu. E quem o faz inconscientemente tenta apagar das suas lembranças e raramente é assunto de mesa em qualquer reunião social. Inclusive, até são capazes de omitir e/ou mentir quando se sentem pressionadas com o tema. Mas porque isso acontece? Será que a mulher que faz um aborto tem de carregar eternamente uma culpa?
Eu lembro-me de quando houve a despenalização do aborto e toda a controvérsia que houve sobre a sua liberalização. Mas a verdade é que foi dada a liberdade de escolha à mulher, porque a maioria assim decidiu... Mas foi um voto anónimo, sem julgamentos social... Longe de comentários agressivos e por vezes despropositados...
Bem sei que não é um assunto leve de se tornar! Estamos a falar de uma vida... Estamos a falar de nós, dentro da nossa insignificância no universo decidir se se pode desenvolver uma vida ou não... Eu sei! E sei que é uma decisão que não é nada fácil e que não se torna de ânimo leve.
Eu sei porque também tive de a tomar! Sim! E eu decidi abortar!