Actualmente estamos, toda a família, a viver este processo com a devida naturalidade (de acordo com os nossos padrões). Não falamos muito do assunto com ela para não criar ansiedade e por um lado damos indicações irrefutáveis, por outro lado damos opções de escolha. Por exemplo, nós decidimos que não iria frequentar o apoio ao estudo, ou ocupação de tempos livres (como queiram chamar) e apesar de lá ter bastante amigos, para nós, no nosso contexto familiar, não faz sentido. Por isso, esse foi um ponto logo decidido por nós pais. No entanto, ela também nos propôs as suas vontades às quais tivemos que refletir e decidir sobre elas. Nomeadamente o ir sozinha para a escola, assim como o regresso.
Pois e agora?
Já vos disse que sou mega fã de caril e de comida picante. Por isso, desta vez experimentei juntar os sabores que gosto, numa alternativa 100% vegetariana e na minha nova "bichinha" favorita na cozinha, a Slow Cooker.
O resultado final ficou muito delicioso. Para a próxima vou experimentar com mais lentilhas e menos grão, mas o sabor ficou mesmo muito bom e este será sem dúvida um prato a repetir mais vezes cá em casa.
Quem não tiver uma panela de cozimento lento (slow cooker), pode fazer no tacho, sendo que naturalmente os tempos têm que ser ajustados ao tacho. Esta receita "rendeu" 6 doses.
Como sempre andei muito de transportes públicos, ia sempre acompanhada de um livro, o que ajudava a passar o tempo e a desligar da habitual confusão, ao ponto de deixar passar a minha paragem...
Na praia o gosto por ler é potenciado pelo barulho das ondas a bater na areia, pelo cheiro a maresia e pelo calor do sol. Como gosto mesmo de ler na praia é, sentada, numa daquelas cadeiras junto à areia e com os pés meio dentro de água, sabe mesmo bem. Só temos que ter atenção é se a bandeira está verde, caso contrário levamos com a arrebentação das ondas mesmo nas páginas do livro.
Como estamos no verão e em altura de férias para muitos, quis partilhar convosco o meu top 5 de livros lidos com o pé na areia e que gostei muito.
Na sequencia do nosso post de há algumas semanas atrás “Post No hate” tenho vindo a refletir sobre o ambiente onde vivo e quem me rodeia. Atenção que a minha realidade é diferente da Portuguesa, uma vez que moro no estrangeiro. Não obstante, cheguei à conclusão, que cada vez mais vejo sobressaírem sentimentos negativos. Cada vez mais se fala na saúde mental e nos problemas que ultimamente vêm surgindo. Estaremos a andar para o precipício da loucura? Espero que não! Até porque a saúde mental sempre existiu, mas nem sempre foi consciente, ou nem sempre foi assumida. E quando se assume algo parece mais real, acabando pela realidade ser a mesma, mas altercada pela comunicação! De qualquer forma, é assumir perante os outros, o que acaba por ter outro impacto.
Mas o que sinto quando falo em sentimentos negativos é a falta de compaixão, o conceito de fazer o bem ao próximo, de dar sem pensar em receber. Talvez seja um decair da religião/ fé de muitos, da globalização, conhecimento, informação generaliza, social media, dos problemas diários, da competição que se constata em todo lado, na pressão para ser melhor (ter um melhor rabo, um melhor carro, um melhor telefone…), falta de tempo, etc…
Nunca fui religiosa, mas tenho fé. Fui educada, grande parte, pela minha avó que era uma pessoa que gostava de praticar ‘o bem’ e me incutiu tal ensinamento nos ossos. Não sei ser má! (às vezes gostava) Não sou capaz de deliberadamente magoar alguém, ser vingativa e gosto de surpreender com quem me cruzo no caminho pela positiva, mesmo que não seja uma experiência positiva!
Mas a educação de hoje em dia, já não parece ser assim: a azafama, falta de tempo, nos dias de hoje, para passar tempo com os filhos, acabando por haver um descartar da responsabilidade da parte dos educadores, do mais importante, que é a educação dos filhos e o passar dos valores, amor, etc.. Acabando, por de alguma forma, se sentirem muito responsáveis por algo que não sabem mto bem o que é, e substituindo essa falta de responsabilização com o que têm para dar, neste caso, em forma de bens, brinquedos, dinheiro, porque é por esse motivo que não estão presentes. Acabamos por criar humanos pouco genuínos. E atenção, não falo numa realidade Portuguesa, isto é na minha realidade estrangeira.
Nunca nos fartávamos de estar na rua, fosse em época de férias ou não! Tínhamos sempre o que fazer... sozinhos ou acompanhados, com ou sem brinquedos.
Hoje em dia é raro vermos as crianças com este espírito. É certo que as condições de segurança são outras e não existem tantos espaços que proporcionem tanta brincadeira e diversão.
Mas, acho que, principalmente o que mudou foi mesmo a predisposição das crianças, ou a falta dela. Estão tão habituados a estar em casa presos à tecnologia que tudo o que seja fora de casa requer demasiada energia e esforço para o fazer... não digo que a culpa seja só das crianças, pois os pais também têm a sua meia culpa.
Eu falo por mim, é claro que me sabe bem o silêncio e o sossego quando elas estão no tablet e elas também o vão... mas o ato de largar esse comodismo e avançar para uma atividade mais física requer alguma preparação psicológica. Para elas e para mim...
Os miúdos hoje em dia têm dificuldades em criar, inventar (brincadeiras, não histórias LOL), em imaginar... Eu lembro-me de dizer à minha mãe que ia ter com a vizinha para brincar e se ela não estava ia para casa? NEM PENSAR!!! Continuava na rua a brincar sozinha e sem dar pelo tempo passar.
Agora os miúdos não conseguem estar sozinhos sem um tablet ou telemóvel, inclusivé já cheguei a ver crianças no parque, sentadas no baloiço agarradas ao telemóvel! Enfim!... Recentemente a minha filha e um amigo foram para o parque brincar e passado pouco tempo de lá estarem vieram bater-me à porta a dizer que precisavam de ir à casa dele buscar o telemóvel porque estavam aborrecidos... Reencaminhei-os de volta para o parque após ouvirem daqueles sermões que começam "No meu tempo...". Passado nem 10 minutos regressaram a dizer que estavam com frio e queriam vir para casa. Escusado será dizer que acabaram no quarto a jogar consola. Sacaninhas dum raio!
E é isto que eu digo, é isto que eu me refiro quando digo que os miúdos de hoje não sabem brincar! E a prova disso é que certas brincadeiras que nós aprendemos na rua são agora ensinados na escola... Li uma vez um artigo a dizer que a maioria das crianças não sabe saltar à corda! Como é isso possível? O que é que estes miúdos andam a fazer?
Vejamos, então as brincadeiras de ontem comparativamente com as brincadeiras de hoje.
No meu tempo saltava à corda na rua, de ténis, sandálias, chinelos e até descalça - individual e em grupo, com uma música que já não me lembro. No meu tempo jogava ao elástico, ao futebol humano e futebol sem ser humano, aos berlindes, ao ferro, ao caracol... Quem conhece o jogo da sirumba (era o meu preferido), consistia num jogo de policias e ladróes com uns quadrados para os ladrões e corredores para os polícias...
No meu tempo subia às árvores e metia-me no meio das ervas grandes para jogar às escondidas e mordia azedas, ia às silvas para apanhar amoras e se me arranhasse inventava um remédio com o leite dos figos ou com suculentas só para não ir a casa... No meu tempo ia para as obras aventurar-me e trazia tubos de plástico para lançar canudos de papel ou bagas e claro, acertar em alguém.
Passava tardes de bicicleta à descoberta - criámos um clube, o gang das BMXs. E para quem não sabia andar nós dávamos uma ajudinha na rampa de terra batida, não eram necessárias rodinhas.
Também brincava com barbies, Kens e outras bonecas... mas não eram para estar em nenhuma exposição, por isso, levava-as para a terra e lá brincava com elas. Construía a casa com caixas de detergentes e arrancava ervas pelas raízes para enfeitar o jardim da mansão das barbies. O carro era uma caixa de ovos.
No meu tempo rasgava blusas, encardia calças, perdia sapatos... e no Verão tomávamos banho de mangueira todos juntos antes do jantar para depois à noite nos juntarmos novamente para nos sujarmos outra vez.
No meu tempo não tínhamos frio, nem fome, nem medo daquele mais velho que nos dava uns calduços de vez em quando! Bem, se tínhamos não o demonstrávamos e aí de nós se ousássemos fazer queixinhas...
No meu tempo não tínhamos nem telemóveis nem tablets... No meu tempo aproveitávamos à grande! Explorávamos, aprendíamos, ensinávamos, caíamos...mas a diversão era garantida... No meu tempo acho que éramos mais felizes...
Agora não se ouve "queres brincar comigo?" e as brincadeiras resumem-se a , a , pois não sei! A uma visita promovida pelos pais a um parque para realizar algum exercício e tablet ou telemóvel, talvez uns toques na bola e tablet ou telemóvel, um passeio a pé e tablet ou telemóvel, talvez uma voltinha de bicicleta ou patins e tablet ou telemóvel...
E normalmente sempre acompanhados/incentivados pelos pais... Não há autonomia, não há iniciativa, não há experiência!
Como havia no meu tempo!
Ó tempo volta para trás!
E a vossa infância como foi? E a dos vossos filhos, como é?
Beijinhos
Be Happy
Maria
- Ajuda a ter uma pele bonita e hidratada
- Contém proteínas que ajudam na recuperação do músculo
- Ajuda a emagrecer (só por isto já me convence - infelizmente tem que ser consumido em pequenas doses) e previne a prisão de ventre
- Previne doenças cardíacas e o cancro
- Azeite
- Ervas aromáticas
- Flor de sal
- Vinagre em spray
O meu exemplo, em relações amorosas, não é dos melhores ou dos mais saudáveis... mas também não é terrível: é instável, bom/ mau e acabou em separação. Os pais tendem a proteger os filhos destas coisas, mas eu acho que os filhos se apercebem sempre. Eu desde que me conheço que senti instabilidade em casa, coisas que não estavam bem, mas as minhas preces sempre foram atendidas (quando era pequenina, claro!) e só se vieram a divorciar quando eu já era bem adulta (há relativamente pouco tempo :P), após 42 anos juntos...
De resto as minhas 'avózes' em ambos os lados eram viúvas, mas nem falavam muitos dos 'falecidos',e ouvi histórias de que estavam bem assim, por isso, sem role model. A minha bisavó, largou o marido aos 35 anos - devido a “mulheres e vício do jogo” dizia ela - e mudou-se da província para Lisboa, sozinha, com dois filhos e teve uma vida feliz, a trabalhar até aos 85 anos. Era uma mulher forte, independente e sorridente. Deixou-nos aos 106 anos, rodeada pela família que a adorava.
Os meus exemplos não são encorajadores de que uma relação a dois seja exemplo de felicidade para sempre. Mas...
Mas para ter uma boa relação acima de tudo há que seguir alguns dos seguintes pontos:
1. Rir, rir e rir
2. Saber ouvir
3. Responder a qualquer apelo ou tentativa de comunicação, seja ela verbal, gestual, sexual.
4. Sair da rotina
5. Compaixão
6. Compreender que ambos são seres individuais e que possam precisar do seu espaço sozinhos ou com amigos. É bom para sentir saudades e valorizar a relação.
7. Respeito mutuo
8. Paciência, resiliência e pensamento positivo de que por vezes há fases, mas vai tudo ficar bem. No fundo, é uma escolha mútua, são preciso dois para dançar o tango!
Claro que somos todos diferentes e todas as relações são flexíveis, penso que não haja uma regra fixa. No entanto, estes pontos acima ajudam a uma harmonia e doçura entre o casal.
E que mais acham vocês? Têm intensão de ter um "até ao infinito e mais além"?
Beijos
Carolina
x
Foto de Gemma Evans em Unsplash
Já vos tinha dito que vou casar, isso já não é novidade. A novidade (pouco nova porque será a realidade de muitos casais) é que era para ser este ano e que decidimos adiar por causa da pandemia e de não sabermos se conseguíamos ter a celebração que queríamos (ainda que pequena) e as férias que merecemos (porque só as podemos gozar uma vez a não ser que mudemos de parceiro).
Não queremos ter nenhuma festa pomposa com 200 convidados, antes pelo contrário: o que queremos é uma festa pequena, apenas com familiares e amigos mais próximos. Como já devem ter percebido, não sou fã do "comum" e procuro sempre soluções criativas e diferentes para tudo e, claro que esta festa não será excepção (nem podia ser).
Já vos falei sobre alianças de casamento originais, e agora quero falar-vos sobre lugares diferentes para casar. Pessoalmente, não gosto nada das festas nas tradicionais quintas e, não só, acho-as "uma seca", como demasiado pretensiosas para o meu gosto (eu prefiro um ambiente "relax"). Não vejo qual a piada de ter 200 a 300 pessoas no meu casamento, em que 2/3 não me diz quase nada...
Por isso, o plano deste lado é mesmo manter as coisas simples e limitadas a cerca de 50-75 convidados e não mais (até porque a maior parte dos convidados foram-se multiplicando à medida que foram tendo filhos :) ). Vamos convidar apenas as pessoas mais próximas e não estamos para fazer fretes. Já moramos juntos há tanto tempo que o que queremos é um convívio informal, low cost, mas que seja acima de tudo divertido para todos (inesquecível é a palavra mais certa).
Se pensas como eu e procuras um local alternativo para a festa do teu casamento, chegaste ao sítio certo, pois tenho algumas sugestões e uma delas será a opção que vou seguir para mim (mas só vou contar depois qual será 😀 ).
Quanto ao catering, podem contratar por fora, num restaurante com delivery ou então podem contratar um chef ou amigo com jeito para a cozinha para fazer diretamente no local. Outra opção pode ser pedir aos convidados para levar cada um uma coisinha e depois juntam tudo (para uma festa ainda mais low cost).
1. Alugar uma casa
Algumas casas no airbnb, VRBO, etc, permitem festas. Se tiveres um casamento relativamente pequeno, podes alugar um espaço destes (por exemplo com piscina ou outra comodidade que gostes) e fazer lá o teu casamento. Com a permissão dos proprietários, naturalmente.2. Restaurante
Alguns restaurantes têm uma decoração linda de morrer e espaços ótimos no exterior. Por isso, podem também ser uma boa alternativa para um casamento diferente e muito mais low cost. Neste caso, deixa de haver preocupação com catering porque fica assegurada pelo restaurante3. Fazer um picnic
Se gostas de estar em contacto com a natureza porque não fazer um picnic? Podes fazer grelhados (se o teu casamento não for entre Julho e Setembro, que é a época crítica dos fogos), ou então cada convidado levar alguma coisa e juntam tudo. Pedir algum serviço de entregas específico pode também ser uma opção (até podiam ser pizzas, se todos gostarem). Podes fazer num espaço comum que já conheças ou então podes alugar um local específico para o efeito (exemplo: um terreno ou um parque).4. Praia
Se moras junto a uma praia, porque não celebrar mesmo na praia? Atenção que não me refiro a um bar na praia, mas sim na praia mesmo. Claro que se o teu casamento for num dia de pleno Verão, dificilmente consegues fazê-lo, mas se for em Maio ou Outubro, por exemplo, é capaz de ser mais fácil de conseguir. Claro que depois depende do número de convidados.5. Parque de campismo
Para quem gosta do contacto com a natureza e não quiser um picnic, pode optar por um parque de campismo. Geralmente, têm uma boa mistura entre natureza e "civilização", pelo que muitos têm espaços fechados para estes eventos e à vezes até com catering.6. Alugar um espaço comercial diferente (ex: galeria de arte, museu, livraria, café, hotel, etc)
E porque não fazer a festa num espaço completamente diferente do habitual? Se conheceres alguma livraria, museu, galeria, café ou hotel com um bom espaço para a festa do teu casamento, porque não contactar o proprietário e perguntar se é possível fazê-lo lá? Às vezes, conseguimos fazer coisas que parecem impossíveis só porque perguntamos :)Conheces algum lugar diferente que mereça destaque nesta lista? Conta-me tudo :)
E quando me refiro a nós, refiro-me enquanto indivíduos singulares, enquanto família, enquanto amigos, vizinhos, patrões, empregados, responsáveis da saúde, da política.... enquanto membro da sociedade.
Até agora tenho assistido somente como espectadora, às vezes de 1ª bancada (amigos directos que tiveram covid) outras vezes de mais longe (conhecidos). E agora, posso eu dar também um testemunho em 1ª pessoa de como é ter covid e as suas implicações. Vou contar-vos um pouco desta experiência covid que agora estou a viver...
Recentemente fiquei de isolamento profilático, pois na minha actividade profissional estive com uma pessoa que testou positivo . Não fiquei preocupada, até porque a minha filha mais nova também já tinha ficado em casa e a situação teve um desfecho positivo - fizemos todos o teste e deu negativo a todos. Mas quis o destino que desta vez fosse diferente...
Quando recebi a indicação para ficar em casa fiquei lixada, para não dizer outra coisa, pois iria atrasar-me bastante no meu trabalho e até impedir de realizar alguns projectos já em recta final.... mas foi por isso, nem me passava pela cabeça poder ter o "bicho". Não fiquei nada receosa, pois sabia que no local onde tinha estado com a pessoa em causa, tinha tomado todas as precauções e que não estaria infectada... Além disso não tinha sintomas e a 2ª dose da vacina tinha acabado de a tomar.
Respirei fundo, informei quem tinha que informar, redefini estratégias para o trabalho, restruturei o meu projecto e continuei dentro da normalidade possível a vida em casita.. Tudo ok...
Todos no trabalho tivemos que fazer o teste, e à medida que os colegas iam recebendo o resultado partilhavam orgulhosamente no nosso grupo do WhatsApp. "Eu tenho negativo!", "Aqui também não há nada!" escreviam... "AH! AH! O vírus não quer nada connosco!"; "negativo também."; "negativo"; "NEGATIVO!"; "NEGATIVO!" NEGATIVO!" NEGATIVO!" NEGATIVO!" e ainda faltava o meu.. e, não sei porquê comecei a ficar ansiosa, e preocupada, e mais ansiosa... até que... POSITIVO!!!
POSITIVO? POSITIVO??? COMO? Então e agora? Espera! A Júlia tem ido para a escola, e a Clara também...Foram as indicações que recebemos!! Que o agregado continuava a vida normal...e... e...E agora? OMG!!! Linha saúde 24
Telefonei de imediato para a saúde 24.. estava um pouco alarmada e nervosa... e realmente foram 5 estrelas. Explicaram tudo e passado pouco tempo recebi os códigos para o agregado fazer os testes (fizeram hoje, ainda espero ansiosamente pelos resultados). Então e agora? OK, tenho que avisar as pessoas... Mas quem em 1º? Como estou há 5 dias em isolamento (menos mal) não tive contacto com ninguém sem ser os meus cá de casa... OK, vamos por partes.
- Patrão- avisado;
- Colegas - oh bolas... "olhem pessoal o meu teste deu positivo...." enviei eu por mensagem... "positivo? Oh, Maria, deixa-te lá de brincadeiras..." "Tu queres é ficar em casa mais tempo..." - Foi preciso algumas trocas de mensagens para perceberem que era a sério...
- Amigos e vizinhos - ok, também relativamente tranquilo
- Trabalho marido - como também tem trabalhado em casa tranquilo
- Escolas filhas - Morri... logo ali... JÚLIA -disseram-me logo que se a Júlia estivesse infectada a turma tinha que ir para casa - estamos a falar de um 4º ano, na recta final com testes ainda por fazer e sem falar da entrega de diplomas e apresentação/festa fim de ano que estavam a preparar para gravar e entregar aos pais por vídeo... Acho que a professora foi bombardeada pelos pais... coitada, não invejo a posição dela. Enquanto não tivermos o resultado da Júlia ela tem de continuar a dar as aulas e há pais que aceitam e outros que não... hoje tive que dizer à Júlia, que já não vai mais à escola, independentemente do resultado do teste e que se der positivo toda a turma terá de ir para casa. Tadinha... ficou triste!..
Quanto à CLARA, também me disseram o mesmo, se der positivo a creche tem de fechar...
FUCK!!! Como é que isto aconteceu??
_____________________________E depois veio o dia de hoje____________________________
Supostamente mais restabelecida do choque, toda a gente implícita estava informada, testes marcados e apesar de ter muitas horas de sono em atraso pensava que ia ser um dia mais calmo. Mas não foi bem assim...Fui bombardeada com telefonemas por parte das entidades responsáveis...Não estou a condenar, até acho muito bem, mas acho deu cabo de mim. Começou logo às 9h da manhã com um militar para recolher os meus dados, depois foi uma médica a colocar algumas questões, naturalmente, e que me deu algumas indicações e procedimentos, tudo muito bem, fixe! Passadas umas 2 horas foi uma enfermeira que me telefonou também com essas questões e deu mais indicações e até algumas diferentes e mais tarde ainda outra médica com mais directrizes... às tantas com tanta pergunta e indicações eu já não sabia o que dizia nem o que fazer... enfim, entrei ali numa espiral de nervos (coisa que não é nada normal em mim) e desatei a chorar... parecia que estava naqueles sonhos que gritas gritas e não consegues acordar...
Comecei a sentir uma culpa a crescer dentro de mim... e que apesar de estar há 5 dias em isolamento, começas a questionar-te, desde quando estás infectada... que se calhar já estava infectada... e que estive ali e se já estava infectada? Estive com aquele familiar mais idoso, sim tinha máscara, mas e se... também tinha máscara no meu trabalho... FUCK!! E se acontecer alguma coisa, se ficam doentes...ou pior??? Eles dizem que eu passei o tempo de contágio em casa, mas e se não for assim? E as minhas filhas, cumprindo directrizes da DGS, possam ter espalhado o virus? E as escolas, as 2 que podem fechar? Mas eu fiz tudo o que me disseram... Eu cumpri tudo à risca...
Como é que apanhei? Quando? A quem passei? Estas são perguntas dilacerantes... E a escola da Júlia pode fechar se o teste dela der positivo, como é que ela se vai sentir perante os colegas... E apesar da Clara não sentir, a dela também pode fechar... OMG!!!
Que dia de merda!!! Ainda por cima acontece tudo hoje, até os electrodomésticos ajudam... fiquei sem máquina do café e o álcool (bebida) que pedi nas compras para trazer a casa para poder afogar as mágoas não veio!!!
Há dias assim... o que vale é que tenho um maridão que me consegue dar um abanão, trazer-me ao planeta Terra e mostrar-me que afinal nem tudo é mau... Pois estamos todos bem, sem sintomas e juntos... E isso é o mais importante!!!
AH! Ao final do dia recebi um mail da creche da Clara o dizer que vai fechar porque tiveram um menino que acusou positivo... Também não têm sintomas e estão bem... ;)
Que grande desabafo, não? ;)
É uma treta isto!! Mas temos que ser positivos... Um dia não são dias e o sol brilhará de novo...
Até lá protege-te, ama e
Be Happy
Maria