Já fiz esta receita com a minha filha mais velha numa das tentativas que fiz para recuperar a tradição do Pão por Deus e até que ficaram bastante bons. Ela adorou fazer e principalmente comer... Por isso, se há miúdos em casa toca a chamá-los e pôr mãos à obra.
Quanto à quantidade eu faço um pouco a olho ;)
INGREDIENTES:- Cerca de 1Kg de batatas cozidas;
- Cerca de 1kg de farinha;
- Cerca de 150 Grs manteiga derretida;
- Cerca de 750 Grs açucar;
- Erva Doce q.b;
- Canela a gosto;
- 4 ovos;
- Frutos secos, passas pequenas ou corintos
PREPARAÇÃO:
Após as batatas cozidas esmagá-las e juntar a manteiga. Mexer bem e acrescentar a farinha e os ovos. Depois é só ir amassando, acrescentar a erva doce, a canela e o fermento. Os frutos secos costumo dar essa tarefa à Júlia para ela os esmagar. Coloco-os dentro de um saco e ela só tem de ir batendo com o rolo da massa, bem sei que no almofariz é mais prático mas no saco é mais divertido. Depois junto à massa também com alguns corintos e chamo a Clara e as três fazemos pequenas bolas com a massa. Aviso já que é para sujar, pois a massa fica super pegajosa. Não acalcamos nem fazemos bolas perfeitas, a intenção é ficarem imperfeitos e com aspecto rústico. Para quem prefere pode pincelar com ovo, eu pessoalmente não gosto muito, mas por vezes elas querem fazer esse trabalho manual, por isso acabo por ceder. Depois é só levar ao forno até ficarem com aquele aspecto delicioso.
E os Santorinhos estão prontos para colocar e servir na nossa mesa do Pão por Deus ou oferecer aos afilhados.
Be Happy
Maria
Retrocedendo cerca de uns 30 anos tenho vagas memórias de acordar cedo no dia de todos os Santos, de tomar banho, vestir uma roupa toda "lirú" e com um saquinho do pão bordado ir com o meu bando habitual (primos, primas, vizinhos e afins) saltando de porta em porta pedindo o pão por Deus...
Sei que todos juntos entoávamos uma melodia qualquer, mas por mais que puxe os cordelinhos da memória não consigo descodificar... mas recordo-me que antes de nos lançarmos nesta missão tínhamos uns minutinhos de ensaio. Era um verso qualquer coisa como: tia... tiazinha... ... ...- esperem vou pesquisar.
Encontrei!
Ó tia, dá Pão por Deus? Se não o tem, Dê-lhe Deus!
Pão por Deus, fiel de Deus, pão no saco, andai com Deus...
Era isto mesmo! Como eu gostava destas andanças e, principalmente de ir vendo o que ia juntando no saco e o respetivo festim no final. Sei que era um pouco similar ao que conhecemos do halloween, e em vez das travessuras (quando se recusam dar algo) nós chamávamos nomes, rogávamos pragas e saíamos todos a correr.. eh eh
Lembro-me da minha mãe contar que o Pão por Deus servia para ajudar os mais pobres (onde, acho que estava incluída) e que surgiu após o grande terramoto de Lisboa em 1755,em que muitas famílias ficaram sem nada, sem bens, sem comida, sem casa. E como os adultos estavam a trabalhar no processo de recuperação dos destroços, as crianças estavam disponíveis para fazer um peditório de bens essenciais, principalmente comida, levando consigo apenas um saco. E assim surgiu hábito de pedir às casas próximas bens alimentícios. A tradição do Pão por Deus como a conheço. Muitos mantinham a mesa posta durante todo o dia com comida e bebidas e abriam a porta das suas casas para os mais necessitados.
Mas também já ouvi outras versões, por exemplo: que por ser dia de todos os Santos e véspera dos finados era feita uma recolha de alimentos para honrar os Santos e os que já partiram. Inclusive também me recordo, que no dia de Todos os Santos ia ao cemitério limpar as campas, por flores novas e acender uma velinha pela alma do mortos da família. Acho que na minha família fazíamos os dois...
Memórias à parte, esta tradição foi crescendo pelo país, sofrendo pequenas alterações de acordo com a região onde era implementada, mas mantendo o seu principal propósito: dar aos mais necessitados ajuda alimentar e às crianças algo que não seja habitual no seu dia a dia: uma dose extra de gulusices...
Agora, acho que se está a perder e a ser substituída pelo Halloween :(
Quando ouvi falar pela 1ª vez de halloween acho que foi no filme ET e posteriormente nas aulas de inglês, onde foi explicada essa tradição - o reencontro/homenagem aos mortos. Mas sempre festejei o Pão por Deus e não o Halloween e agora tenho uma miúda de 9 anos cá em casa que só vive o Halloween. Eu ainda tentei explicar e fomentar o Pão por Deus à minha filha e cheguei a ir de manhã pedir, mas já nem os Portugueses estão preparados para tal pois, quem me abria a porta ficava surpreendido e dava-me o resto dos doces do Halloween da noite anterior.
A verdade é que a concorrência do Halloween é feroz e começa logo na escola e nas lojas então nem se fala... E confesso! Como se costuma dizer: se não podes com eles junta-te! E acabei por ceder ao entusiasmo da minha filha em se mascarar e ir à noite de porta em porta pedir guloseimas...e já não dispenso enfeitar a casa de forma assustadora, de mascarar as piolhas e eu também ;) E até já converti o meu companheiro e alguns amigos...
Eu sei!!! Também estou a "matar" o Pão por Deus, mas, este ano, estou a pensar seriamente, aproveitando a fase que passamos, em não festejar o Halloween e dar mais relevância ao Pão por Deus... pelo menos cá em casa... Vou recuperar a tradição do Pão por Deus! Vou fazer o bolo que normalmente os padrinhos oferecem aos afilhados (o santoro -irei partilhar a receita posteriormente) e vou deixar a minha mesa posta com comida e bebida para quem se quiser servir... tal como nos velhos tempos... Vou tentar reviver a tradição da minha família... a tradição de todos de nós, a tradição Portuguesa! Uma tradição que simboliza a solidariedade, compaixão e humanidade, algo que ultimamente tem estado adormecida.
E tu? Acompanhas-me neste desafio?
Eu vou deixar a mesa posta! Deixa tu também e manda-me uma foto
Beijos
Be Happy,
Maria
Gosto muito de dióspiros. Infelizmente sou a única cá em casa, e quando são muitos é preciso reinventar algumas receitas clássicas para tentar trazer este fruto para a ribalta.
Foi isso mesmo que tentei fazer com esta receita. Peguei na receita (quase) habitual de charlotte de frutas, que habitualmente faço com morangos ou ananás, e tentei reinventar essa receita com o dióspiro.
Depois de quase duas semanas de mimos de família, amigos e comida, eis que estou de volta a terras de sua Majestade e... de quarentena!
Não me importo ficar de quarentena, é um bónus trabalhar de casa. Gosto! Não ter que ver o meu chefe, ou a minha colega ou lidar com as distrações do escritório, enfim, é um privilégio.
Estou, a notar, que de dia para dia, cada vez mais, existe uma acentuada vontade de voltar para Portugal.
É daquelas vontades que eu já pensei que fosse passar. "Assim que eu mate saudades da família e dos amigos, vou querer voltar novamente para a minha casinha, o meu trabalho, a minha rotina...". Mas não, esta vontade, que chegou a ser necessidade há uns anos atrás de sentir Londres, desapareceu. E, tornou-se numa vontade intrínseca de ficar, quando vou de férias, e de quando volto à minha casa (permanente), é estranho continuar com o pensamento em Portugal.
E, considero-me um bocado cigana, nunca consigo, "assentar" num sítio. Talvez necessite deste movimento, talvez em procura de felicidade genuína, alguma realização pessoal que ainda não encontrei e que me faz pensar que ainda não é aqui. Mas não o faço conscientemente, decido e vou! E nunca me arrependo porque cada sítio onde vivo, tenho explorado até ter a certeza que já tirei todo o partido que poderia tirar. E fico contente pela nova fase a explorar! Tenho aproveitado muito e bem!
Quero voltar a Portugal! Está decidido, E o que me impede?
Não sei onde ouvi esta frase, mas desde que a ouvi integrei-a para mim, no meu compartimento das amizades. Sempre achei que realmente quem deixa de ser amigo é porque nunca sentiu verdadeira amizade pelo outro.
A amizade existe todos os dias, quer esteja um dia esplêndido de sol, quer esteja a mais terrível das tempestades.
A verdadeira amizade não existe apenas nos momentos felizes e gloriosos, pelo contrário, ela revela-se exatamente nos momentos mais sombrios da nossa vida, quando o ombro amigo é tão preci(o)so.
A amizade também não existe só em presença, ela também pode assumir outras formas mais distantes. Quando a verdadeira amizade existe, nós conseguimos senti-la a quilómetros de distância, é como se o afeto viajasse à velocidade da luz até encontrar o coração amigo.
Há amigos que não vemos há anos, porém sabemos que quando estamos juntos é como se o último encontro tivesse sido no dia anterior. Existem fios invisíveis que ligam os amigos e eles estão sempre juntos, sempre unidos, sempre em sintonia.
A amizade é cumplicidade, companheirismo, frontalidade, sinceridade, empatia, afetividade, confiança, instinto, aceitação do outro como ele é... Enfim, os amigos são a família que podemos escolher, aqueles que guardamos no lado esquerdo do peito, sem laços de sangue, mas com laços de amor.
Ao longo da minha vida conheci diversas pessoas, as que permanecem no coração são as que chamo de amigas, as outras passaram por mim, partilhámos momentos e, a seu tempo, cada uma seguiu o seu caminho, não criando raízes para nos chamarmos de amigos.
Considero-me uma sortuda, tenho verdadeiros amigos junto de mim, uns mais perto que outros, outros que vejo mais vezes que alguns, os que existem desde sempre, os que conheci há menos tempo e que sempre conheci, os que são da família e que são amigos também, os colegas de trabalho que afinal são melhores amigos e aqueles que sei que posso contar aconteça o que acontecer.
A todos os amigos, a todas as amigas OBRIGADA por existirem na minha vida e por fazerem deste mundo um lugar melhor e feliz para viver 😘
E vocês tropa, como vai a vossa amizade?
Imagem: Pixabay.com
Ahhhh, chegou o Outono! As folhas das árvores começam a cair, as temperaturas estão mais amenas e os dias ficam mais curtos. Com o início das chuvas (ainda que tenham começado ainda no Verão), começa também aquele cheirinho bom a terra molhada que eu adoro.
Adoro o Outono mas esta coisa do cabelo cair ao mesmo ritmo que as folhas das árvores não é nada fixe!! Confesso que ultimamente tenho andado com uma queda de cabelo horrível.. na verdade bem antes do Outono começar. E quando digo queda de cabelo horrível é ficarem no duche demasiados cabelos e no pente nem se fala 😔.
Comecei a ficar tão preocupada com a queda de cabelo, que já fui comprar um champô especial + ampolas da Schwarzkopf Professional (BC Scalp Genesis), que já estou a usar há umas 2/3 semanas e sinceramente não noto melhoria nenhuma. Estou a chegar à conclusão que foram 45€ muito mal gastos 😠.