Desta vez estava mesmo com um feeling que ia correr bem, e nem a frase desencorajadora do meu parceiro -"Então mor, hoje apetece-te estragar mais 1 kg de arroz? - me desanimou. Estava decidida e com todo o tempo do mundo.
Assim coloquei uma música com boas vibrações, um copinho de vinho para descontrair e atirei-me ao serviço. E afinal até correu bem... Vou dizer-vos como fiz:
Há um ano atrás andava eu a avisar os meus amigos para o covid-19 - "ah isso é uma coisa da China, não stresses" ouvia eu.
Acho que em surdina já passava por maluquinha.
Por isso, já "vivo" o raio do #Covid há um ano, é muito tempo! Durante dias a fio a seguir a estatística, os números diários
- A China está a omitir, fecham um país só por estes números?
"É uma cena da China, não stresses"
Um ano depois, não é uma cena só da China, infelizmente!
Admito que este segundo confinamento está a custar-me bem mais. Sinto-me mais irritada, com menos paciência, menos tolerante ao erro, com menor poder de encaixe.
Nunca fui uma pessoas de grandes contactos, dispenso o cumprimento com beijinhos (principalmente de quem não conheço), não gosto de toques no braço (deixa-me pah, já tens a minha atenção) e detesto sentir o hálito de quem fala comigo... e mesmo eu sendo uma pessoa com vida sociável pacata (alguém que eu conheço e escreve neste espaço deve estar a pensar .... ahaha pacata, ermita queres tu dizer), continuando, mesmo eu, uma criatura caseira, de hábitos e rotinas sem grandes apontamentos estou a atingir o meu limite.
Vemos as noticias e é só fatalidades, vamos passear nas redes sociais e só se vê odio e rambos do teclado - a facilidade com que se insulta ou se fazem ameaças é preocupante.
O mundo digital anda a "parir" uma série de acéfalos, a falta de contacto, de olhos nos olhos torna mais fácil a ofensa.
Neste confinamento que parece não ter fim, sinto que preciso de interação humana para além da minha bolha caseira, até já nem me importo que me toquem no braço, o resto continuo a dispensar, "queressedizer" um abraço forte das amigas não dispensava.
Parece que a nossa realidade virou "tele" em looping, teletrabalho, telescola, teleconsulta, tele-insulto, tele-idiotas... sinto-me tele-irritada!!!
Acho que vou ver um pouco de teleflix, i mean Netflix, para limpar a mente.
E vocês como se sentem? Como encaram o novo confinamento?
Fiquem bem, protejam-se.
Acho que em surdina já passava por maluquinha.
Por isso, já "vivo" o raio do #Covid há um ano, é muito tempo! Durante dias a fio a seguir a estatística, os números diários
- A China está a omitir, fecham um país só por estes números?
"É uma cena da China, não stresses"
Um ano depois, não é uma cena só da China, infelizmente!
Admito que este segundo confinamento está a custar-me bem mais. Sinto-me mais irritada, com menos paciência, menos tolerante ao erro, com menor poder de encaixe.
Nunca fui uma pessoas de grandes contactos, dispenso o cumprimento com beijinhos (principalmente de quem não conheço), não gosto de toques no braço (deixa-me pah, já tens a minha atenção) e detesto sentir o hálito de quem fala comigo... e mesmo eu sendo uma pessoa com vida sociável pacata (alguém que eu conheço e escreve neste espaço deve estar a pensar .... ahaha pacata, ermita queres tu dizer), continuando, mesmo eu, uma criatura caseira, de hábitos e rotinas sem grandes apontamentos estou a atingir o meu limite.
Vemos as noticias e é só fatalidades, vamos passear nas redes sociais e só se vê odio e rambos do teclado - a facilidade com que se insulta ou se fazem ameaças é preocupante.
O mundo digital anda a "parir" uma série de acéfalos, a falta de contacto, de olhos nos olhos torna mais fácil a ofensa.
Neste confinamento que parece não ter fim, sinto que preciso de interação humana para além da minha bolha caseira, até já nem me importo que me toquem no braço, o resto continuo a dispensar, "queressedizer" um abraço forte das amigas não dispensava.
Parece que a nossa realidade virou "tele" em looping, teletrabalho, telescola, teleconsulta, tele-insulto, tele-idiotas... sinto-me tele-irritada!!!
Acho que vou ver um pouco de teleflix, i mean Netflix, para limpar a mente.
E vocês como se sentem? Como encaram o novo confinamento?
Fiquem bem, protejam-se.
Acabei de (re)ver o filme "As Sufragistas". Para quem ainda não viu, o filme retrata a história de como foi ganho o direito de voto por parte das mulheres no Reino Unido. Foi uma luta desigual, dura, difícil e só possível à custa do sangue, suor e lágrimas de muitas mulheres, que ficaram conhecidas como as "sufragistas", ou seja, as mulheres que lutaram pelo direito ao voto (aka igualdade).
Não foi de todo uma tarefa fácil, e tiveram que sacrificar os seus empregos, família e vidas. Penso que na altura essas mulheres acreditaram piamente que iria valer a pena porque adquirido esse direito, ficaria para sempre. Em teoria será verdade (a não ser que nos aconteça algo como no Afeganistão), mas até lá podemos dizer que sim.
Mas este filme fez-me pensar no seguinte: o que diriam as sufragistas do início do século XX se vissem a taxa de abstenção das suas congéneres nos últimos anos? Seria para isto que teriam abdicado de tanto nas suas vidas naquela altura? Acho que ficariam tristes e revoltadas ao ver este triste cenário a que chegámos.
A título de curiosidade: sabiam que o primeiro país a reconhecer o direito de voto às mulheres foi a Nova Zelândia em 1893? Na Europa, foi a Finlândia em 1911.
Não foi de todo uma tarefa fácil, e tiveram que sacrificar os seus empregos, família e vidas. Penso que na altura essas mulheres acreditaram piamente que iria valer a pena porque adquirido esse direito, ficaria para sempre. Em teoria será verdade (a não ser que nos aconteça algo como no Afeganistão), mas até lá podemos dizer que sim.
Mas este filme fez-me pensar no seguinte: o que diriam as sufragistas do início do século XX se vissem a taxa de abstenção das suas congéneres nos últimos anos? Seria para isto que teriam abdicado de tanto nas suas vidas naquela altura? Acho que ficariam tristes e revoltadas ao ver este triste cenário a que chegámos.
A título de curiosidade: sabiam que o primeiro país a reconhecer o direito de voto às mulheres foi a Nova Zelândia em 1893? Na Europa, foi a Finlândia em 1911.
E em Portugal?
Olá gajas!
Este post surgiu após eu ter visto um documentário no Netflix "Surviving Death" e achei interessante..
Eu, sempre fui cética em relação ao sobrenatural, é muito mais fácil dizemos "isso é tanga", porque encaixa perfeitamente na nossa gaveta "segura", do que pensarmos que há algo mais, que nós não sabemos, não conhecemos e não entendemos. E... quando tive a primeira morte de um ente próximo, tinha eu 21 anos, a minha opinião mudou!
Quando um familiar próximo meu faleceu, de repente, num acidente de viação, parece que o meu mundo desabou. Tínhamos uma relação de irmãos, partilhávamos planos e objetivos e estávamos a caminho de os atingir. Sentimentos de esperança, confiança, força, o positivismo de que tudo vai correr bem e que se vai conseguir atingir tudo o que se quer estavam lá!
Numa manhã de verão, ao acordar, tive a trágica notícia. Quando a minha mãe me disse, era como se eu já soubesse, como se não houvesse mais ninguém a quem pudesse acontecer um acidente.
Não sabíamos o que teria acontecido. O Quim, estava há dois anos a morar connosco, num processo de mudança de vida, a recuperar de uma vida de alcoolismo e sem beber desde então. O meu orgulho nele era imenso, por ele ter conseguido atingir ao que se comprometeu, por já ser independente e ter dado a volta por cima.
Uma semana após a trágica notícia, tive um sonho estranho, real, como se estivesse a acontecer ali mesmo, sonhei com ele sentado numa cadeira, dentro duma cela de prisão, amarrado com correntes, sem braços e com roupa preta rasgada simplesmente a dizer: "Desculpa, desculpa, desculpa. Eu estou bem. Desculpa." O sonho marcou-me, custou-me imaginá-lo naquele cenário, mas ele disse que estava bem...
Uns meses, depois outra vez, não me recordo exatamente do sonho, mas sei que ele pediu novamente: "desculpa, desculpa, desculpa".
Eu contava estes sonhos à minha mãe, ainda céptica, ambas... Mas porque é que é que eu teria estes sonhos e porquê "desculpa"? Estranho.
Para começar o ano, deixo aqui uma receita muito simples e super deliciosa de "lasanha" de espinafres e batata. Espero que gostem ☺️