Muito se tem falado do teletrabalho e agora com o desejado regresso à normalidade, o que não faltam são estudos e estudinhos sobre o teletrabalho.
Já li de tudo, desde da diabolização do teletrabalho ao seu oposto.
Eu sou uma fã incondicional do teletrabalho, admito, por isso aviso desde já que podem estar a ler um texto altamente parcial 😏.
Gosto do teletrabalho e sinceramente até acho que tenho sido bem sucedida. Tenho uma auto disciplina que me permite manter o foco sem distrações. Não é nada de outro mundo:
- Manter a rotina, se é para acordar a uma determinada hora, é mesmo para acordar a essa hora, não para adiar consecutivamente o despertador, porque só entramos às 9h e podemos faze-lo de pijama. O pequeno almoço? vai-se comendo... Errado! Se tens o despertador às 7h ou às 8h é para acordar a essa hora.
- Fazer as rotinas diárias com o tempo, comer o pequeno almoço com calma
- Não trabalhar de pijama
- Não ter a televisão ligada, muito menos com som e na CMTV
- ...
Estes pequenos detalhes têm-me ajudado a manter alguma sanidade.
Mas sei que nem todos pensam igual, uma vez estive numa reunião por teams e ouvi o bloco noticiário da cmtv todo.
Numa outra reunião, uma pessoa não quis ligar a camera porque estava de pijama.
E acredito que seja também por isto que algumas chefias não vejam com bom agrado o teletrabalho, estas coisas comentam-se e muitas vezes exageram-se e tiram-se conclusões erradas.
Segundo algumas opiniões, com o teletrabalho, as pessoas estão a perder a ligação com a empresa, não se identificam com a missão e com os valores e que por isso se receberem propostas de outras empresas aceitam com maior facilidade. E por este motivo, o regresso é imperativo e o teletrabalho abandonado.
Outros defendem que a produtividade diminui.
E depois temos os dinossauros com cargos de chefia e querem estar sempre de olho nos trabalhadores, porque acham que assim os controlam melhor.
Por outro lado, o teletrabalho trouxe-nos qualidade de vida.
Dormimos mais, evitamos o stress do transito, do mau humor de quem está mal com a vida...
Quando chegamos ao final do dia, já estamos em casa e evitamos o stress do transito e o mau humor de quem odeia o mundo (sim porque no final do dia já se odeia).
E depois a liberdade... a liberdade de podermos trabalhar em qualquer sitio, desde que tenha um serviço de internet decente.
Acho inclusive que é um excelente modelo para travar a desertificação. Morar numa terrinha e ser acordada por passarinhos em vez de buzinas.
Mas também concordo que não devemos perder o elo com a empresa e o contacto pessoal com os colegas, mesmo aqueles que nos irritam (ok, esses talvez não) e por isso um sistema hibrido será o mais adequado.
Eu aceito de bom agrado, x dias por semana na empresa e y em teletrabalho (sendo o y em maior numero 😁)
E vocês? Qual a vossa opinião sobre o teletrabalho e qual seria o melhor modelo para equilibrar a vida pessoal com a vida laboral?
bjs
Foto de ChoiceLocal em Unsplash
2 comentários
Se eu pudesse efetivamente assumi-lo e trabalhar desde Bali, acho que gostaria. Mas a minha empresa pede que fiquemos mesmo em casa, proximos, não vá breckar o sistema e termos dir ao escritório em... 1h! Então sinto-me em carcere privado, já não falo tanto com os colegas e o ambiente era otimo, não sei de ninguém, não vejo ninguém, nem saio à rua porque não tenho grande objectivo... para mim esta a ser depressivo. Noto uma clara queda no meu ânimo e está a ter enormes implicações na minha saúde.
ResponderEliminarEu acho que o teletrabalho faz sentido quando o podes fazer desde... Bali! É algo potenciador.
ResponderEliminarMas no meu caso, a minha empresa pediu-nos que não andassemos com grandes "invenções" porque vai que o software falece e é preciso ir a correr para a empresa ou o chefe precisa de algo ou ... etc etc etc!
Resultado, para mim é mais como uma prisão domiciliar. Estou em frente a um pc sentada no sofa em pijama, sim. A diferença é que me distraio mais a ver tv ao mesmo tempo e baixei a produtividade e sinto.me muito menos conectada com os meus colegas.