Em conversa com as amigas, falávamos do Natal quando éramos crianças, das tradições que agora repetimos com as nosssas crianças e como estes dias eram vividos.
Da minha parte, quando era criança não havia grande espÃrito natalÃcio lá por casa, não tÃnhamos árvore de natal, nem sapatinho na chaminé, porém havia sempre uma prenda ou outra guardada para oferecer no Natal.
A minha experiência de Natal era vivida na casa ao lado, na caso do vizinho, onde tudo o que era relacionado com o Natal estava presente. Era ali que eu “vivia” a época natalÃcia , onde ajudava a enfeitar a árvore de Natal (lembro-me que durante muitos anos tinham mesmo um pinheiro verdadeiro), a arranjar o presépio (daqueles que têm todos os animais e mais alguns e até musgo arranjávamos para embelezar o presépio, não faltando a cama de palhinhas do menino Jesus.
Recordo que no dia 24, ajudava a fazer os doces tÃpicos de Natal e era sempre uma alegria quando ficavam bonitos e saborosos. Como em minha casa não se ligava ao Natal, depois do nosso jantar de natal de dia 24 a sobremesa era sempre na casa ao lado, onde os deliciosos doces de natal nos esperavam. Tempos felizes!
E entre uma fatia dourada e uma bolo rei (daqueles ainda com brinde e fava) mostrávamos os brinquedos recebidos.
Recordo um ano, altura em que o filme dos Gremlins estava na moda e eu tinha visto um peluche fofinho, daqueles com os olhos esbugalhados e pedi à minha mãe e ela disse sim, sim, sem grande entusiasmo…
Um dia, vi um embrulho escondido no guarda vestido e fiquei curiosa.. entre o sentimento de culpa e a curiosidade, lá decidi abrir, mas só um bocadinho, o embrulho. Ao abrir vejo uns pelos castanhos “yupi , é o peluche do Gremlin”, e uma felicidade invadiu o meu coração.
Chegado o dia de abrir os presentes, nem cabia em mim de contente, só a pensar no peluche… abri, rasguei o embrulho e nisto… o Gremlin tinha-se transformado num casaco para a chuva com pelo castanho no gorro (what?!) choradeira a seguir e a minha mãe aos gritos que eu precisava era de um casaco quente para o inverno e não um peluche (e entra a música dos Metallica “Sad but true”…)
Enfim, memórias boas de recordar e de partilhar.
E vocês tropas, que histórias de Natal guardam? Querem partilhar?
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