2020 tem sido um ano ímpar ao contrário do que o próprio número sugere. Um ano, sem precedentes, onde coisas que nunca aconteceram nas nossas vidas tiveram lugar e foram bem marcantes. Foi um ano parido a fórceps, onde tudo foi forçado a acontecer e bem ou mal aconteceu.
1 - Tudo começou com o número 2020, não viveremos mais nenhum destes, isto é, com números iguais de vinte - vinte, trinta trinta, etc.
2 - “The elephant in the room” aka Corona Virus. Não sei, deveremos culpar o ano ou os chineses por meterem na boca o que não devem? Ou por iniciarem uma subtil intoxicação à Europa e à América (afinal somos os mais afetados) - Teorias da Constipação (literalmente).
3 - O ano que passei mais tempo sem trabalhar (cerca de dois meses e meio), sem preocupações com dinheiro ou de ir para a escola, desde os meus 5 anos.
4 - O ano em que pela primeira vez trabalhar de casa foi uma necessidade.
5 - O ano em que mais tempo estive sem ver a minha família mais próxima.
6 - O ano em que o Trump levou um chuto bem dado no rabo - estava a ver que não!!
7 - O ano em que fiquei longe de Portugal, por um maior período de tempo; e que mais orgulho me deu no meu país pela maneira de como têm lidado com o virus. Eu sei que há idiotas em todo o lado, mas acreditem que comparado com outros sítios, os Portugueses são muito respeitadores.
8 - O ano com mais instabilidade de sempre, onde tive grande dificuldade em planear o que quer que fosse, tudo aconteceu em cima do joelho.
9 - O ano em que atingi importantes objetivos pessoais.
10 - O ano onde profissional, tive mais sucesso e, também, atingi grandes objetivos profissionais.
11 - O ano que só me apetece ver pelas costas e esperar que o próximo seja melhor: sem máscaras, com algum distanciamento social (dependendo das pessoas), com família por perto, com amigos e muitas viagens.
Apesar de tudo acho que 2021 vai ser um ótimo ano e estou ansiosa que comece!
E... desejo-vos a todos um Excelente 2021 cheio de tudo o que mais desejem!
Beijos,
Carolina
xx
Photo by Immo Wegmann on Unsplash
Foi-me dada a responsabilidade de fazer uma sobremesa para o Natal (éramos só 3)! Eu, para parecer bem, disse vou fazer um cheesecake, não só por ser uma das minhas sobremesas favoritas, mas também porque achei que era uma coisa trabalhosa, comparado com fazer o jantar, seria uma boa contribuição, tendo em conta a forma de como eu fazia cheesecake.
Para minha boa surpresa, foi-me ensinado um cheesecake delicioso e mega fácil de fazer e rápido também! Deixo aqui a receita.
Ingredientes
- 250g bolachas digestivas
- 100g manteiga
- 1 colher de chá xarope de baunilha
- 600g queijo creme (ex. Philadelphia)
- 100g açúcar em pó
- 284ml de natas (para doces)
Topping
- Morangos
- Doce de morango
- Açúcar em pó
Preparação
1 - Para a base: barre com maneira uma forma onde irá colocar o cheesecake. Desfaça as bolachas digestivas até ficarem em migalhas. Coloque numa taça. Derreta a manteiga e junte-a com as bolachas digestivas. Envolva a maneira e as migalhas de bolacha ate ficar uma mistura homogênea. Coloque o preparado na forma como base e laterais.2 - Numa caçarola, coloque o queijo creme, o açúcar em pó e a colher de xarope de baunilha. Bata com a batedeira até conseguir uma mistura homogênea. Junte este preparado à base de bolacha que está na forma. Acalque o preparado na forma. Coloque no frigorifico durante 3 horas.
3 - Tire o cheesecake do frigorífico 30 minutos antes de servir. Sirva com morangos cortados em quartos juntamente com doce de morango. Ou se preferir um outro fruto ou doce ao seu gosto!
Lambam-se!! :P
Carolina
xx
Photo by Davide Carpani on Unsplash
Mas gostos à parte! Deixem-me contar-vos o que descobri no meu teletrabalho...
A "receita" (nem sei se lhe posso chamar de receita..) de hoje é, por isso, simples e deliciosa. E não precisam de fazer nada ao lume. É 100% no micro-ondas, fácil e rápido.
Eu considero-me pensadora. Penso em tudo, presente, passado, futuro, possibilidades, fantasias, coisas inatingíveis e improváveis (como o que faria se ganhasse o Euromilhões, tendo em conta que não jogo...), minha vida, vida no geral. A minha cabeça é um mundo de hipóteses.
Hoje estava a pensar: Tendo em conta que a partir dos 25, 30 anos todos temos uma certa "bagagem" amorosa. Quando as pessoas começam uma nova vida, com um novo parceiro, será justo pedir-lhes que apaguem o seu passado para não interferir no futuro?
Esta questão veio na sequência de uma questão que alguém colocou online a perguntar se se importariam que o vosso parceiro partilhasse "gajas nuas"/ porno, no grupo de amigos do whatsapp??
O shot de jeropiga foi substituído por um pênalti de medidas de prevenção e de contingência em que nem tempo tivenos para assimilar... Desculpem, saborear...
Mas sabem como eu sou, gosto de tradições e quem me conhece sabe que dias festivos são para festejar... De uma maneira ou outra! Mas surgiu outro problema: ainda não tinha comprado castanhas. Nem a jeropiga!
Por isso vamos brincar um bocadinho e vou relatar ao Sr. Primeiro Ministro a minha aventura de preparar o festejo do S. Martinho, mais propriamente de sair do trabalho e comprar castanhas. TITULO: Sr. Primeiro Ministro, vou só ali comprar castanhas.
Sr. Primeiro Ministro, vou só ali comprar castanhas.
Sr Primeiro Ministro, não se preocupe que eu respeitarei as diretrizes que nos facultou.
Sr. Primeiro Ministro, vou só ali comprar castanhas... É já ali, não se preocupe que eu levo máscara... É já ali, mas tenho de ir de transportes públicos, são 2 porque o supermercado que tem a promoção é noutra zona (talvez noutro concelho, nem sei bem - mas como não controlam os transportes públicos estou safa). No metro tive sorte, consegui lugar sentada, mas o autocarro estava cheio, devem de ir todos aproveitar a promoção das castanhas... Mas não se preocupe Sr. Primeiro Ministro todos tinham máscara. (Oxalá fosse o mesmo com os desodorizantes, pois o sr. que estava junto a mim não deve de ter, até com a máscara senti o cheiro a suor).
Enfim, finalmente ar puro, quer dizer, dentro do possível, pois não posso tirar a máscara na rua. Apercebi-me agora que não devia ter comido pão com alho. Isto de inalar o nosso próprio hálito tem muito que se lhe diga...
Pronto, cheguei ao supermercado! Epá, ainda tenho que esperar, não contava com a fila para entrar. Já passa das 19:30... Mas tranquilo, o recolher obrigatório é só a partir das 23h. Tenho tempo, pois sou cumpridora e não quero desrespeitar o nosso Sr. Primeiro Ministro. E eu sou rápida, já sei o que quero, vou buscar e sigo direto para a caixa pagar..
Já tenho o que quero! As castanhas da promoção, a minha amiga jeropiga, rolo de carne para o jantar e os respectivos temperos... Hum! Outra vez fila para pagar... Está muita gente... Deve de ser por causa da promoção das castanhas. E isto não anda, já começo a stressar. Oiço o aviso a dizer que a partir das 20h não vendem bebidas alcoólicas.... Mau!!! Já começo a hiperventilar... A minha jeropiga... Já são 20:07 e ainda na fila... Sr. Primeiro Ministro, a máscara já me começa a causar falta de ar...
Merda para isto! E para a máscara e desinfetante... E o raio que parta esta porcaria do vírus! Não me deixaram trazer a jeropiga nem sequer o pacote do vinho para temperar o rolo da carne... Francamente!! Não sabem que o álcool desinfeta tudo? Já estou como o Trump! Desinfecta por fora e por dentro...
Respira!! Desculpe Sr. Primeiro Ministro, foi um momento menos bom... Eu sei que estas medidas são o melhor para todos nós... Bem sei que a sua vida também não é nada fácil!!! Tantas decisões difíceis... Mas não se preocupe que agora ao fim de semana a partir das 13h como tem de ficar em casa pode pensar melhor nestas condições que nos tem "proporcionado" tão amavelmente... e quem sabe retificar algumas delas... E se tiver jeropiga por perto beba um shot ou dois... Beba um por mim também... Eu até o convidava para vir cá a casa comer umas castanhas, mas não podemos fazer convívios, desculpe!
Bem, o meu autocarro chegou. A esta hora vem menos gente... Boa, vou dizer às minhas amigas para o apanharem também e trazerem a jeropiga delas, pois, assim podemos estar todas juntas e fazer a festa... Mas não se preocupe Sr Primeiro Ministro, nós temos máscara... 😁
Feliz dia de S. Martinho
Be happy
Maria
Mas... será que a mãe tem sempre razão? Será que essa é a melhor forma de o fazer? Já alguma vez questionaram o que fazem e porque o fazem? Pois bem.. fui à procura de uma resposta "técnica" e vou contar-vos tudo :)
A verdade é que, quem faz esta "pré-lavagem" está errado! Ou seja, segundo os especialistas, não devemos passar a loiça por água antes de a colocar na máquina de lavar.
Porquê? Vejamos os argumentos.
Já fiz esta receita com a minha filha mais velha numa das tentativas que fiz para recuperar a tradição do Pão por Deus e até que ficaram bastante bons. Ela adorou fazer e principalmente comer... Por isso, se há miúdos em casa toca a chamá-los e pôr mãos à obra.
Quanto à quantidade eu faço um pouco a olho ;)
INGREDIENTES:- Cerca de 1Kg de batatas cozidas;
- Cerca de 1kg de farinha;
- Cerca de 150 Grs manteiga derretida;
- Cerca de 750 Grs açucar;
- Erva Doce q.b;
- Canela a gosto;
- 4 ovos;
- Frutos secos, passas pequenas ou corintos
PREPARAÇÃO:
Após as batatas cozidas esmagá-las e juntar a manteiga. Mexer bem e acrescentar a farinha e os ovos. Depois é só ir amassando, acrescentar a erva doce, a canela e o fermento. Os frutos secos costumo dar essa tarefa à Júlia para ela os esmagar. Coloco-os dentro de um saco e ela só tem de ir batendo com o rolo da massa, bem sei que no almofariz é mais prático mas no saco é mais divertido. Depois junto à massa também com alguns corintos e chamo a Clara e as três fazemos pequenas bolas com a massa. Aviso já que é para sujar, pois a massa fica super pegajosa. Não acalcamos nem fazemos bolas perfeitas, a intenção é ficarem imperfeitos e com aspecto rústico. Para quem prefere pode pincelar com ovo, eu pessoalmente não gosto muito, mas por vezes elas querem fazer esse trabalho manual, por isso acabo por ceder. Depois é só levar ao forno até ficarem com aquele aspecto delicioso.
E os Santorinhos estão prontos para colocar e servir na nossa mesa do Pão por Deus ou oferecer aos afilhados.
Be Happy
Maria
Retrocedendo cerca de uns 30 anos tenho vagas memórias de acordar cedo no dia de todos os Santos, de tomar banho, vestir uma roupa toda "lirú" e com um saquinho do pão bordado ir com o meu bando habitual (primos, primas, vizinhos e afins) saltando de porta em porta pedindo o pão por Deus...
Sei que todos juntos entoávamos uma melodia qualquer, mas por mais que puxe os cordelinhos da memória não consigo descodificar... mas recordo-me que antes de nos lançarmos nesta missão tínhamos uns minutinhos de ensaio. Era um verso qualquer coisa como: tia... tiazinha... ... ...- esperem vou pesquisar.
Encontrei!
Ó tia, dá Pão por Deus? Se não o tem, Dê-lhe Deus!
Pão por Deus, fiel de Deus, pão no saco, andai com Deus...
Era isto mesmo! Como eu gostava destas andanças e, principalmente de ir vendo o que ia juntando no saco e o respetivo festim no final. Sei que era um pouco similar ao que conhecemos do halloween, e em vez das travessuras (quando se recusam dar algo) nós chamávamos nomes, rogávamos pragas e saíamos todos a correr.. eh eh
Lembro-me da minha mãe contar que o Pão por Deus servia para ajudar os mais pobres (onde, acho que estava incluída) e que surgiu após o grande terramoto de Lisboa em 1755,em que muitas famílias ficaram sem nada, sem bens, sem comida, sem casa. E como os adultos estavam a trabalhar no processo de recuperação dos destroços, as crianças estavam disponíveis para fazer um peditório de bens essenciais, principalmente comida, levando consigo apenas um saco. E assim surgiu hábito de pedir às casas próximas bens alimentícios. A tradição do Pão por Deus como a conheço. Muitos mantinham a mesa posta durante todo o dia com comida e bebidas e abriam a porta das suas casas para os mais necessitados.
Mas também já ouvi outras versões, por exemplo: que por ser dia de todos os Santos e véspera dos finados era feita uma recolha de alimentos para honrar os Santos e os que já partiram. Inclusive também me recordo, que no dia de Todos os Santos ia ao cemitério limpar as campas, por flores novas e acender uma velinha pela alma do mortos da família. Acho que na minha família fazíamos os dois...
Memórias à parte, esta tradição foi crescendo pelo país, sofrendo pequenas alterações de acordo com a região onde era implementada, mas mantendo o seu principal propósito: dar aos mais necessitados ajuda alimentar e às crianças algo que não seja habitual no seu dia a dia: uma dose extra de gulusices...
Agora, acho que se está a perder e a ser substituída pelo Halloween :(
Quando ouvi falar pela 1ª vez de halloween acho que foi no filme ET e posteriormente nas aulas de inglês, onde foi explicada essa tradição - o reencontro/homenagem aos mortos. Mas sempre festejei o Pão por Deus e não o Halloween e agora tenho uma miúda de 9 anos cá em casa que só vive o Halloween. Eu ainda tentei explicar e fomentar o Pão por Deus à minha filha e cheguei a ir de manhã pedir, mas já nem os Portugueses estão preparados para tal pois, quem me abria a porta ficava surpreendido e dava-me o resto dos doces do Halloween da noite anterior.
A verdade é que a concorrência do Halloween é feroz e começa logo na escola e nas lojas então nem se fala... E confesso! Como se costuma dizer: se não podes com eles junta-te! E acabei por ceder ao entusiasmo da minha filha em se mascarar e ir à noite de porta em porta pedir guloseimas...e já não dispenso enfeitar a casa de forma assustadora, de mascarar as piolhas e eu também ;) E até já converti o meu companheiro e alguns amigos...
Eu sei!!! Também estou a "matar" o Pão por Deus, mas, este ano, estou a pensar seriamente, aproveitando a fase que passamos, em não festejar o Halloween e dar mais relevância ao Pão por Deus... pelo menos cá em casa... Vou recuperar a tradição do Pão por Deus! Vou fazer o bolo que normalmente os padrinhos oferecem aos afilhados (o santoro -irei partilhar a receita posteriormente) e vou deixar a minha mesa posta com comida e bebida para quem se quiser servir... tal como nos velhos tempos... Vou tentar reviver a tradição da minha família... a tradição de todos de nós, a tradição Portuguesa! Uma tradição que simboliza a solidariedade, compaixão e humanidade, algo que ultimamente tem estado adormecida.
E tu? Acompanhas-me neste desafio?
Eu vou deixar a mesa posta! Deixa tu também e manda-me uma foto
Beijos
Be Happy,
Maria
Gosto muito de dióspiros. Infelizmente sou a única cá em casa, e quando são muitos é preciso reinventar algumas receitas clássicas para tentar trazer este fruto para a ribalta.
Foi isso mesmo que tentei fazer com esta receita. Peguei na receita (quase) habitual de charlotte de frutas, que habitualmente faço com morangos ou ananás, e tentei reinventar essa receita com o dióspiro.